Paul Vidal de la Blache diz que “a geopolítica consiste nas decisões de natureza política que o Estado toma com base na sua posição geográfica”. É reconhecido como o fundador da geografia francesa, tendo também contribuído para as primeiras reflexões geopolíticas em França. Opõe-se como à geopolítica alemã. Segundo ele, “o Homem é um factor geográfico tal como a natureza, uma vez que o Homem tem iniciativa, é actor e não apenas espectador”. Vidal de la Blache procura sempre a explicação do fenómeno geográfico, rejeitando-se a aceitar a simples constatação dos factos e a sua classificação. Defende que “O espaço não é o único objectivo, o tempo, a história e a relação entre outros fenómenos, geográficos ou não, também são importantes. Os factos não permanecem idênticos, não são estáticos, variam concedendo aos fenómenos geográficos uma natureza fluida".
A razão principal é a acção do Homem que resulta de uma escolha deliberada; realça a importância das relações, das trocas, das comunicações, na vida das regiões e dos países, importância essa que aumenta com o progresso.
A ideia fundamental de Vidal de la Blache é que a influência humana permite reduzir a influência do meio. Com base nestes elementos, ele estabelece as bases de geografia humana completa.
Publicada em 1903, Tableau de la Geographie de la France foi um verdadeiro sucesso e institui o acto de nascimento da geografia em França. A referência sistemática da geologia, então uma ciência nova e muito popular, confere-lhe um valor científico.
Vidal de la Blache afirma que as relações entre o solo e o Homem revestem-se em França de um carácter regional de antiguidade e de continuidamente. “ O homem tem sido em França o discípulo fiel do solo”.
Mais tarde, Vidal de la Blache dedica-se ao estudo da questão das fronteiras a Leste, isto é, ao tema patriótico mais mobilizador após a anexão da Alsácia e da Lorena pela Prússia, em 1871. No seu livro France de L´Est, publicado em 1917, ele refuta a tese alemã de que os habitantes da Alsácia e da Lorena eram alemães. De facto, ele ocupa-se de demonstrar que as províncias perdidas eram francesas e as regiões profundas que explica o facto que a Alsácia e a Lorena deviam ser devolvidas à França na sequência da Primeira Guerra Mundial.
Enquanto no Tableau de la Geographie de la France, Vidal de la Blache se ocupa do solo como estrutura geológica, na France de L´Est trata-se do solo da pátria, do território da nação. La France de L´Est é uma obra patriótica, cuja ambição é a de explicar as razões geopolíticas da Alsácia e da Lorena serem francesas e não alemães. A sua explicação a parte final da sua obra trata da hegemonia alemã. O conteúdo do capítulo XVII revela um bom conhecimento da tese de Ratzel; ele entendia que a hegemonia alemã nasceu da sua posição central na Europa: “se a Grã-bretanha, a França e a Rússia se encontraram na África e na Ásia as suas raízes de expansão, da Alemanha encontrava-se á sua volta…”.
La France de L´Est marca um avanço nas concepções de Vidal de la Blache. Vidal de la Blache coloca a questão de que a geografia não está limitada apenas ao estudo do solo, incluí igualmente questões como a nação, o território e a fronteira. Apesar da sua importância, La France de L´Est passou despercebido a maioria dos geógrafos e isto por que entendiam que a inclusão de questões políticas no campo da geografia era uma perversão alemã e, portanto, inaceitável.
A razão principal é a acção do Homem que resulta de uma escolha deliberada; realça a importância das relações, das trocas, das comunicações, na vida das regiões e dos países, importância essa que aumenta com o progresso.
A ideia fundamental de Vidal de la Blache é que a influência humana permite reduzir a influência do meio. Com base nestes elementos, ele estabelece as bases de geografia humana completa.
Publicada em 1903, Tableau de la Geographie de la France foi um verdadeiro sucesso e institui o acto de nascimento da geografia em França. A referência sistemática da geologia, então uma ciência nova e muito popular, confere-lhe um valor científico.
Vidal de la Blache afirma que as relações entre o solo e o Homem revestem-se em França de um carácter regional de antiguidade e de continuidamente. “ O homem tem sido em França o discípulo fiel do solo”.
Mais tarde, Vidal de la Blache dedica-se ao estudo da questão das fronteiras a Leste, isto é, ao tema patriótico mais mobilizador após a anexão da Alsácia e da Lorena pela Prússia, em 1871. No seu livro France de L´Est, publicado em 1917, ele refuta a tese alemã de que os habitantes da Alsácia e da Lorena eram alemães. De facto, ele ocupa-se de demonstrar que as províncias perdidas eram francesas e as regiões profundas que explica o facto que a Alsácia e a Lorena deviam ser devolvidas à França na sequência da Primeira Guerra Mundial.
Enquanto no Tableau de la Geographie de la France, Vidal de la Blache se ocupa do solo como estrutura geológica, na France de L´Est trata-se do solo da pátria, do território da nação. La France de L´Est é uma obra patriótica, cuja ambição é a de explicar as razões geopolíticas da Alsácia e da Lorena serem francesas e não alemães. A sua explicação a parte final da sua obra trata da hegemonia alemã. O conteúdo do capítulo XVII revela um bom conhecimento da tese de Ratzel; ele entendia que a hegemonia alemã nasceu da sua posição central na Europa: “se a Grã-bretanha, a França e a Rússia se encontraram na África e na Ásia as suas raízes de expansão, da Alemanha encontrava-se á sua volta…”.
La France de L´Est marca um avanço nas concepções de Vidal de la Blache. Vidal de la Blache coloca a questão de que a geografia não está limitada apenas ao estudo do solo, incluí igualmente questões como a nação, o território e a fronteira. Apesar da sua importância, La France de L´Est passou despercebido a maioria dos geógrafos e isto por que entendiam que a inclusão de questões políticas no campo da geografia era uma perversão alemã e, portanto, inaceitável.
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