segunda-feira, 27 de julho de 2009

O Segundo Alargamento da União Europeia (1981): Grécia

Em 1961 foi criada entre a Grécia e a Comunidade Económica Europeia uma Associação, baseada na instituição de uma união aduaneira e num conjunto de mecanismos económicos, financeiros e institucionais que tinham por objecto melhorar as relações comerciais entre as duas partes, robustecer a economia grega e preparar a ulterior adesão da Grécia à Comunidade. Esta relação foi contudo perturbada pela «ditadura dos coronéis», provocando a suspensão das relações entre 1967-1974.
Em 1975, a Grécia pede a adesão às Comunidades após a restauração das instituições democráticas. Em 1979, o Tratado de Adesão é assinado, entrando em vigor dois anos mais tarde. A adesão da Grécia trouxe à comunidade europeia uma nova dimensão mediterrânica.
O desenvolvimento económico e estrutural que se esperava verificar na Grécia, com as ajudas comunitárias, tem vindo, contudo, a revelar-se um trilho difícil, mantendo-se a Grécia como um dos países comunitários com maior endividamento e subdesenvolvimento. Até 2004, era considerada, “a lanterna Vermelha” da União Europeia.
Do ponto de vista político, com a adesão da Grécia, a CEE aproximou-se da zona balcânica, herdando o problema cipriota que opõe a Grécia à Turquia. A vocação mediterrânica da CEE veio a aprofundar-se com as adesões seguintes. A entrada da Grécia e mais tarde de Espanha, Portugal, que eram vítimas de regimes ditatoriais, é indissociável de grandes mudanças democráticas. Para estes países, ser membro da Comunidade Europeia é ser reconhecido pelos outros povos.

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