O poder é a capacidade de atingirmos os nossos objectivos ou fins. É a capacidade de controlar os outros. Segundo Robert Dahl, o poder é a capacidade de levar os outros a fazer o que eles de outra forma não fariam (cit. por WALTZ, Kenneth, Theory of International Politics).
Na perspectiva das Ciências Sociais, o poder constitui uma característica essencial da realidade humana, que adquire expressão através de manifestações diferenciadas resultantes da convergência das dimensões social e individual da capacidade do respectivo exercício.
Na articulação intrínseca estabelecida entre o poder e a política, bem como o estudo entre o fenómeno do poder e a Ciência Política, tem influenciado o estudo das Relações Internacionais, em termos de orientação objectiva e de enquadramento metodológico. O fenómeno do poder adquiriu uma função explicativa, teórica e normativa fundamental em Relações Internacionais.
O estudo do poder em Relações Internacionais apresenta características de complexidade analítica elevada. O termo poder refere-se, geralmente, a um conjunto de capacidades, simultaneamente, estático, na medida em que implica a posse dos recursos, dinâmico, na medida em que pressupõe a conversão desses recursos em acção, e relacional, na medida em que pressupõe a existência de outros actores sobre os quais a acção é dirigida.
Numa perspectiva realista da política internacional, o poder é um conceito relativo visto que se exerce sobre outro poder constituindo, um conjunto de capacidades que permita a um actor “conseguir que os outros façam qualquer coisa que de uma forma não fariam” não podendo, pois, ser separado dos objectivos que procura realizar, e podendo mesmo “ser concebido em termos do controlo sobre os resultados”. O fenómeno do poder constitui uma realidade generalizável a todo o plano relacional, não se limitando apenas às relações inter-estatais.
A abordagem analítica do poder internacional pressupõe a caracterização dos contextos e dos elementos intervenientes, identificados segundo modalidades, padrões, critérios e lógicas de acção que adquirem expressão através de sinergias, dinâmicas interactivas e processos dialécticos gerados e desenvolvidos por referência a um factor relacional a que chamamos o fenómeno do poder, e que permitem a identificação das lógicas relacionais polarizadas em torno desse factor ou que são, de algum modo, por ele influenciadas de forma significativa.
São numerosas as propostas de conteúdos operacionais que pretendem caracterizar o fenómeno humano e social que chamamos poder. No plano das relações internacionais, e partindo de perspectivas científicas, teóricas e analíticas muito diversificadas, o conceito de poder é considerados em termos de comportamento relacional, individual ou colectivamente organizado, no âmbito das relações políticas inter-estatais.
Quaisquer que sejam as dificuldades entre Estados ou a natureza dos sistemas diplomáticos internacionais, cada Estado possui como propriedade particular uma certa força e interesses nacionais que o levarão a actuar de maneira específica no seio do sistema internacional. As relações internacionais fazem com que os Estados de diferentes recursos se enfrentem.
O poder será a mobilização da sua força por um Estado mais as suas relações com outros Estados com vista a cumprir os seus objectivos. O poder põe em jogo os elementos da força, isto é, as capacidades objectivas do Estado. O poder apoia-se na força, mas não se confunde com ela. O poder é qualquer acção pela qual um Estado procura impor-se a outros Estados para o cumprimento de outros objectivos que não a sua própria sobrevivência (HUNTZINGER, Jaques, Introduction aux Relations Internationales ).
A conversão do poder é um problema básico que surge quando concebemos o poder em termos de recurso. Alguns países são melhores a converter os seus recursos em influência efectiva. A conversão do poder é a capacidade de converter o poder potencial, avaliado com base nos recursos, em poder real e na alteração de comportamento de outros. (WALTZ). Carl Deutsch define o poder como a capacidade de levar vantagem num conflito e de separar obstáculos.
Para um cidadão comum, o poder do Estado é matéria quantitativa, é o somatório do seu arsenal militar e forças de combate e o seu poder económico. Esta interpretação é importante, uma vez que é precisamente o somatório do poder económico e militar de um Estado, aliado à consciência que os outros têm disso, que vai influenciar, em larga medida, a capacidade de determinados governos poderem provocar mudanças na “arena global” (ANDERSON, Peter J., The Global Politics of Power, Justice and Death ).
O poder militar tem sido uma condição tradicional. Com ele é possível convencer alguém a fazer ou a não fazer qualquer coisa, seja pela ameaça credível da força ou pelo uso da mesma. Como exemplo, temos os EUA quando utilizaram a força política que alcançaram com sucesso militar na Guerra do Golfo para obrigar Israel a sentar-se à mesa das negociações na conferência de paz para o Médio Oriente.
Para Stoessinger, o poder nas relações internacionais é a capacidade que uma nação tem de utilizar os seus recursos tangíveis e intangíveis de forma a influenciar o comportamento de outras nações (Cit. por ANDERSON, Peter J.).
Na sua obra Politics Among Nations: The Struggle for Power and Peace, Morgenthau desenvolve uma abordagem teórica assente numa descrição muito abrangente do poder, elaborando várias definições sobre a respectiva noção. Morgenthau parte de uma perspectiva relacional de natureza especificamente conflitual, simplificada em termos de objectivos, mas abrangentes em termos de expressão instrumental, definindo o poder como “tudo aquilo que estabelece e mantém o controlo sobre do homem sobre o homem.
Assim, o poder cobre todas as relações sociais que servem esse fim, desde a violência física aos laços psicológicos mais subtis pelos quais uma mente humana controla outra. O poder cobre a dominação do homem pelo homem (...)”. Ainda, segundo Morgenthau, o sucesso que possa ter qualquer tentativa de uso de poder depende de três aspectos: a habilidade do utilizador, depende-se de meios adequados de poder para o objectivo pretendido e se esses meios são os mais correctos para atingir o fim em vista (MORGENTHAU, Hans J., Politics Among Nations: The Struggle for Power and Peace).
Joseph Nye, Jr. faz-nos a distinção entre o poder duro – que se baseia em estímulos ou ameaças - e o poder suave – que se baseia em recursos como a capacidade de atracção das nossas ideias ou a capacidade de determinar a agenda política de modo a moldar as preferências expressas por outro. Estes dois tipos de poderes estão relacionados, mas não são a mesma coisa (NYE Jr. Joseph S., Understanding International Conflicts: An Introduction to Theory an History).
A abordagem analítica do poder internacional pressupõe a caracterização dos contextos e dos elementos intervenientes, identificados segundo modalidades, padrões, critérios e lógicas de acção que adquirem expressão através de sinergias, dinâmicas interactivas e processo dialécticos gerados e desenvolvidos por referência a um factor relacional que se chama o fenómeno do poder, e que permitem a identificação das lógicas relacionais polarizadas em torno desse factor ou que são, de algum modo, por ele influenciadas de forma significativa.
A análise do fenómeno do poder nas Relações Internacionais não pode ignorar as manifestações de poder verificadas e desenvolvidas por outros actores.
Na perspectiva das Ciências Sociais, o poder constitui uma característica essencial da realidade humana, que adquire expressão através de manifestações diferenciadas resultantes da convergência das dimensões social e individual da capacidade do respectivo exercício.
Na articulação intrínseca estabelecida entre o poder e a política, bem como o estudo entre o fenómeno do poder e a Ciência Política, tem influenciado o estudo das Relações Internacionais, em termos de orientação objectiva e de enquadramento metodológico. O fenómeno do poder adquiriu uma função explicativa, teórica e normativa fundamental em Relações Internacionais.
O estudo do poder em Relações Internacionais apresenta características de complexidade analítica elevada. O termo poder refere-se, geralmente, a um conjunto de capacidades, simultaneamente, estático, na medida em que implica a posse dos recursos, dinâmico, na medida em que pressupõe a conversão desses recursos em acção, e relacional, na medida em que pressupõe a existência de outros actores sobre os quais a acção é dirigida.
Numa perspectiva realista da política internacional, o poder é um conceito relativo visto que se exerce sobre outro poder constituindo, um conjunto de capacidades que permita a um actor “conseguir que os outros façam qualquer coisa que de uma forma não fariam” não podendo, pois, ser separado dos objectivos que procura realizar, e podendo mesmo “ser concebido em termos do controlo sobre os resultados”. O fenómeno do poder constitui uma realidade generalizável a todo o plano relacional, não se limitando apenas às relações inter-estatais.
A abordagem analítica do poder internacional pressupõe a caracterização dos contextos e dos elementos intervenientes, identificados segundo modalidades, padrões, critérios e lógicas de acção que adquirem expressão através de sinergias, dinâmicas interactivas e processos dialécticos gerados e desenvolvidos por referência a um factor relacional a que chamamos o fenómeno do poder, e que permitem a identificação das lógicas relacionais polarizadas em torno desse factor ou que são, de algum modo, por ele influenciadas de forma significativa.
São numerosas as propostas de conteúdos operacionais que pretendem caracterizar o fenómeno humano e social que chamamos poder. No plano das relações internacionais, e partindo de perspectivas científicas, teóricas e analíticas muito diversificadas, o conceito de poder é considerados em termos de comportamento relacional, individual ou colectivamente organizado, no âmbito das relações políticas inter-estatais.
Quaisquer que sejam as dificuldades entre Estados ou a natureza dos sistemas diplomáticos internacionais, cada Estado possui como propriedade particular uma certa força e interesses nacionais que o levarão a actuar de maneira específica no seio do sistema internacional. As relações internacionais fazem com que os Estados de diferentes recursos se enfrentem.
O poder será a mobilização da sua força por um Estado mais as suas relações com outros Estados com vista a cumprir os seus objectivos. O poder põe em jogo os elementos da força, isto é, as capacidades objectivas do Estado. O poder apoia-se na força, mas não se confunde com ela. O poder é qualquer acção pela qual um Estado procura impor-se a outros Estados para o cumprimento de outros objectivos que não a sua própria sobrevivência (HUNTZINGER, Jaques, Introduction aux Relations Internationales ).
A conversão do poder é um problema básico que surge quando concebemos o poder em termos de recurso. Alguns países são melhores a converter os seus recursos em influência efectiva. A conversão do poder é a capacidade de converter o poder potencial, avaliado com base nos recursos, em poder real e na alteração de comportamento de outros. (WALTZ). Carl Deutsch define o poder como a capacidade de levar vantagem num conflito e de separar obstáculos.
Para um cidadão comum, o poder do Estado é matéria quantitativa, é o somatório do seu arsenal militar e forças de combate e o seu poder económico. Esta interpretação é importante, uma vez que é precisamente o somatório do poder económico e militar de um Estado, aliado à consciência que os outros têm disso, que vai influenciar, em larga medida, a capacidade de determinados governos poderem provocar mudanças na “arena global” (ANDERSON, Peter J., The Global Politics of Power, Justice and Death ).
O poder militar tem sido uma condição tradicional. Com ele é possível convencer alguém a fazer ou a não fazer qualquer coisa, seja pela ameaça credível da força ou pelo uso da mesma. Como exemplo, temos os EUA quando utilizaram a força política que alcançaram com sucesso militar na Guerra do Golfo para obrigar Israel a sentar-se à mesa das negociações na conferência de paz para o Médio Oriente.
Para Stoessinger, o poder nas relações internacionais é a capacidade que uma nação tem de utilizar os seus recursos tangíveis e intangíveis de forma a influenciar o comportamento de outras nações (Cit. por ANDERSON, Peter J.).
Na sua obra Politics Among Nations: The Struggle for Power and Peace, Morgenthau desenvolve uma abordagem teórica assente numa descrição muito abrangente do poder, elaborando várias definições sobre a respectiva noção. Morgenthau parte de uma perspectiva relacional de natureza especificamente conflitual, simplificada em termos de objectivos, mas abrangentes em termos de expressão instrumental, definindo o poder como “tudo aquilo que estabelece e mantém o controlo sobre do homem sobre o homem.
Assim, o poder cobre todas as relações sociais que servem esse fim, desde a violência física aos laços psicológicos mais subtis pelos quais uma mente humana controla outra. O poder cobre a dominação do homem pelo homem (...)”. Ainda, segundo Morgenthau, o sucesso que possa ter qualquer tentativa de uso de poder depende de três aspectos: a habilidade do utilizador, depende-se de meios adequados de poder para o objectivo pretendido e se esses meios são os mais correctos para atingir o fim em vista (MORGENTHAU, Hans J., Politics Among Nations: The Struggle for Power and Peace).
Joseph Nye, Jr. faz-nos a distinção entre o poder duro – que se baseia em estímulos ou ameaças - e o poder suave – que se baseia em recursos como a capacidade de atracção das nossas ideias ou a capacidade de determinar a agenda política de modo a moldar as preferências expressas por outro. Estes dois tipos de poderes estão relacionados, mas não são a mesma coisa (NYE Jr. Joseph S., Understanding International Conflicts: An Introduction to Theory an History).
A abordagem analítica do poder internacional pressupõe a caracterização dos contextos e dos elementos intervenientes, identificados segundo modalidades, padrões, critérios e lógicas de acção que adquirem expressão através de sinergias, dinâmicas interactivas e processo dialécticos gerados e desenvolvidos por referência a um factor relacional que se chama o fenómeno do poder, e que permitem a identificação das lógicas relacionais polarizadas em torno desse factor ou que são, de algum modo, por ele influenciadas de forma significativa.
A análise do fenómeno do poder nas Relações Internacionais não pode ignorar as manifestações de poder verificadas e desenvolvidas por outros actores.
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