Ezilda Duarte Almeida, 30 anos, é natural do Caleijão, ilha de São Nicolau. Mestre em Engenharia informática e computação pela Universidade do Porto.
Ezilda
Almeida chegou a Portugal em 2004, para se licenciar na área da sua formação,
depois de ter sido destacada como “aluna de mérito” em Cabo Verde. Isto
rendeu-lhe, na altura, uma bolsa de estudos, no que acabou por atingir o grau
académico de mestrado integrado, uma norma da universidade onde estudou.
Em
2010 defendeu uma dissertação sobre “Algoritismo de classificação com a opção
de rejeição”, que teve como fundamento classificar se um tumor era maligno ou
benigno. “Sempre tive uma paixão em
associar a área da saúde com a informática, daí o meu projeto final de curso
ter sido também nessa área”, explica.
Ezilda
Almeida revela que ser engenheira informática nunca foi, na verdade, o seu sonho
de infância, mas durante o ensino secundário descobriu que, afinal, era essa a
sua vocação. “Ao longo dos meus estudos secundários fui-me apaixonando pelas
disciplinas de matemática, física, e chegou uma altura em que não restavam
dúvidas de que o caminho a seguir era a informática”, conta.
A
entrevistada do A NAÇÃO explica que, entre outras, uma das razões que a levaram
a optar por esta área foi saber que, ao contrário de outros cursos ponderados,
a engenharia informática não a restringe a uma profissão ou a uma função
específica para toda a vida. “Hoje agrada-me pensar que os conhecimentos que
adquiri vão abrir-me, cada vez, mais portas em diferentes áreas e a minha vida
profissional não é monótona”, afirma orgulhosa.
Antes
de entrar para a INESC TEC, Ezilda Almeida fez um estágio em Business Intelligence
(BI) na Sociedade de Transportes Colectivos no Porto (STCP). Aqui foi
responsável pelo desenvolvimento de uma aplicação de BI e i implementação de
alguns componentes como a criação de um relatório utilizando o Reporting Service.
Um outro desafio passou pela criação de cubos de dados como Analysis Service e
elaboração de ‘queries’ para SQL Server. Dessa forma, Ezilda Almeida
assegura que tem experiência suficiente para trabalhar em qualquer empresa
ligada à engenharia e/ou informática, de preferência, em Cabo Verde. “Já
mandei o meu currículo a várias entidades e aguardo uma resposta”, afirma.
“Sinto que em Cabo Verde poderei ser mais útil, mas para isso é importante que
Cabo Verde me queira”.
Um
dia, foi desafiada pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do
Porto (INESC TEC), onde trabalha há cinco anos, a criar um software capaz de
apoiar os médicos a diagnosticarem melhor doenças como cancros da mama e da
próstata. Desafio aceite, desafio vencido.
Conforme
contou ao A NAÇÃO, iniciou, em Setembro de 2013, o software ExpertBayes e, em
Dezembro do ano seguinte, já tinha uma “versão funcional”, tendo os primeiros
testes sido “excelentes” e aqueles que tiveram acesso ao software ficaram
“maravilhados”.
“Os
profissionais da saúde acharam-no fantástico, pois, em caso de dúvidas, ao
fazer um diagnóstico, o software ajuda-os na tomada de melhor decisão”,
explica.
Atualmente,
é investigadora/programadora na área de Desenvolvimento, Machine Learning e
Inteligência Artificial, no Centro de Investigação em Sistemas Computacionais
Avançados_CRACS/INESC, no Porto.
ExpertBayes,
desenvolvido por Ezilda Almeida, não é um trabalho isolado. Faz parte do
projecto ABLE (Advice Based Learning) do Centro de Investigação em
Sistemas Computacionais Avançados_CRACS/INESC, no Porto, de cuja equipa a nossa
entrevistada faz parte. O mesmo tem por objectivo aplicar técnicas de Machine
Learning (aprendizagem de máquina) a cuidados de saúde.
Embora
há pouco tempo em funcionamento, e ainda alvo de melhorias, esse software teve
já uma “grande projeção” a nível internacional, garante sua criadora. “Este
software deu origem a um artigo científico e, sendo eu a autora, fui apresentá-lo,
em Dezembro de 2014, em Detroit, nos EUA, e consegui mostrar aos outros investigadores
a importância desse sistema que demorou um ano a ser desenvolvido”, revela.
“O
artigo, que foi aceite na conferência internacional, em Detroit, foi feito
assente nos resultados de base de dados reais, isto é, de pacientes submetidos
a exames de rastreio dos cancros da mama e da próstata”, acrescenta.
O
uso de tecnologias informáticas no campo da saúde é algo que todos os dias
conhece novos desenvolvimentos. Os cancros da mama e da próstata são dois
domínios que há muito concentram a atenção da comunidade científica mundial.
O facto de Elzida Almeida saber que o seu nome está hoje associado à busca de
solução para essas duas graves enfermidades é, obviamente, algo que muito
enche de orgulho essa cabo-verdiana.
Com "A NACÃO"
...software foi desenvolvido por um equipa de investigação no ambito de projeto financiado ou so por ela...
ResponderEliminarNão ouvi nada disso na comunidade cientifica e nem na universidade do porto
Bem di fora, vê-se logo que ês daqueles cabo-verdianos que tem dor crónica dos cotovelo. Vê se consegues fazer alguma coisa de valor ao invés de estar a sentir ciúmes do sucesso dos outros.
EliminarO software faz parte de um projecto maior mas foi desenvolvido só por ela pois estava a seu cargo na distribuição de tarefas para o projecto. Claro que foi supervisionado mas o software é da sua autoria sim e talvez não tenhas ouvido na universidade do Porto porque ela não estuda mais lá, concluiu o mestrado integrado em 2010 e começou a trabalhar no software em 2013. Espero ter esclarecido.
ResponderEliminarquem teve a ideia de criação do projeto é a senhora responsavel pelo projeto financiado em 2 milhões de euros...manda me link...ela faz parte da equipa de 50 investigadores...cuidado com o titulo da noticia..ainda pode chegar ao dono da ideia
ResponderEliminar"O facto de Elzida Almeida saber que o seu nome está hoje associado à busca de solução para essas duas graves enfermidades é, obviamente, algo que muito enche de orgulho essa cabo-verdiana." não sao minhas palavras...
ResponderEliminar"ExpertBayes, desenvolvido por Ezilda Almeida, não é um trabalho isolado. Faz parte do projecto ABLE (Advice Based Learning) do Centro de Investigação em Sistemas Computacionais Avançados_CRACS/INESC, no Porto, de cuja equipa a nossa entrevistada faz parte. O mesmo tem por objectivo aplicar técnicas de Machine Learning (aprendizagem de máquina) a cuidados de saúde" , Também nao são minhas.
muito cuidado com essas coisas...fica mal.
Não vi nome dela na comunidade cientifica...aconcelho a mudar o título da notícia.
Por acaso já falaste com ela para saber se o software não foi desenvolvido só por ela? Epá, vocês são uma praga nesta terra! Falam coisas sem saber. Sim, ela faz parte de uma equipa de investigação que tem desenvolvido alguns projectos da FCT, contudo no caso do software o mérito é dela. Se esse facto te deixa em delírio podes sempre ligar para o INESC Porto para confirmar ou então procurar os papers publicados para ver se ela é ou não a primeira autora. Vai chupar limão meu caro!
Eliminarhttp://ieeexplore.ieee.org/xpl/abstractAuthors.jsp?arnumber=7033141
Eliminartem la varios autores...seu caralho...fica mal na comunidade cientifica estar a publicar coisas de autoria , quando é feito por varios....
tens aqui o link (http://dblp.uni-trier.de/pers/hd/a/Almeida:Ezilda) para o papers!
ResponderEliminardeixe de mentira procura saber com funcionam projeto de investigação financiados pelo FCT...A ideia e concepção parte do professores doutorados...seu velho.
Eliminarse ela fosse dono da ideia do software, a noticia partia da sociedade cientifica...sabe quanto custo desenvolver software...desenvolver nao é nada...a ideia e o algoritimo que conta. ela é apenas executora das tarefas e deixem de marketing barrato
o link nao esta a funcionar...imagina descoberta desta magnitude a preocupar em encontrar um lugar de trabalho em cv...ela é paga para trabalhar , tantos como os outros...ela sabe disso
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EliminarVelho e caduco és tu, ó seu idiota! Pelo menos podia fazer a concordância entre o verbo "funcionar" e o sujeito "projecto". A tua inveja será a tua cova!
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